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The Florist: entrevista exclusiva com a banda japonesa de Dreampop/Shoegaze. 

The Florist é uma banda japonesa com sua música predominando no Dreampop/Shoegaze, com influências diretas de bandas do cenário mundial e, carrega junto as influências pessoais do pop rock dos anos 80 e 90.

A formação da banda conta com Hiroyuki Imamura (vocal e guitarra), Yosuke Shiina (guitarras), 
Hideyuki Sunaga (baixo) e Takamitsu Hiruma (bateria).

Depois do primeiro single, "Middle Of Winter" lançado em 2013, a banda ainda entrou em estúdio para gravar dois álbuns, "Dark Entries" de 2014 e  "Blood Music" de 2016.

No apagar das luzes de 2020, um ano totalmente atípico em virtude da pandemia, o The Florist lançou uma nova canção,  "Nocturne" que, deve fazer parte do novo álbum previsto para este ano de 2021.

Ouça "Nocturne" pelo Soundcloud da banda.

Em setembro passado tive a oportunidade de conversar virtualmente com Hiroyuki Imamura e, o resultado dessa conversa/entrevista, você acompanha abaixo.

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A  entrevista...

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01- Faça uma apresentação da banda para quem ainda não a conhece.

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Hiroyuki: Os membros do The Florist trabalharam anteriormente em bandas separadas nas cenas principais e indie.
Por exemplo, STARBOARD, TRIBAL CHAIR, PICK2HAND, The Feather Side.
Conforme a atividade da banda cresceu, houve muitos sacrifícios, e não sei se essa foi a causa, mas a atividade foi suspensa ou desfeita.
The Florist é uma banda que mantém sua música favorita tocando o máximo possível sem sacrificar nada.

 

02- Quais as principais influências da banda em termos de música e arte?

 

Hiroyuki: Somos influenciados por muita música.
Por exemplo, shoegazer, pós-punk, Emo, alternativo, etc.
É difícil dizer coisas concretas sobre arte, mas também sinto uma grande influência na arte da música que é influenciada pelo acima.
Somos atraídos por belas e sofisticadas músicas e obras de arte efêmeras.

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03- Além de tocar e cantar, quais outras atividades os integrantes da banda costumam fazer?

 

Hiroyuki: Todos os membros geralmente trabalham.
Três em cada quatro têm família.
Entre eles, vou regularmente ao estúdio para escrever canções e praticar para apresentações ao vivo.

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04- Seu último trabalho foi em 2016 com o LP "Blood Music". Quais são os projetos futuros e por que uma pausa tão longa sem novos trabalhos?

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Hiroyuki: Certamente já faz um tempo desde o último lançamento.
Na verdade, eu queria começar o próximo trabalho um pouco mais cedo, mas não pude continuar por causa do trabalho, da família e do braço quebrado do baterista.
Foi uma época frustrante para nós também.
Agora temos muitas músicas e estamos no meio da gravação.

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05- Quais são os planos futuros da banda? Algum novo trabalho chegando nos próximos meses?

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Hiroyuki: É difícil tocar ao vivo devido à influência do COVID-19, mas estou no meio da gravação de uma nova música.
Considerando a influência do COVID-19, planejamos lançar uma nova música como álbum até o final de 2021.
Talvez uma música seja lançada no final de 2020.

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06- Você fez um cover de "Lovesong" e além disso, você tem uma música do segundo álbum chamada "Disintegration", cujo nome também é dado a um clássico da banda The Cure além de mais duas músicas " Untitled "e" The Last Dance "que dão nomes às canções dos ingleses mais" obscuros "de todos os tempos. Qual a importância da influência de Robert Smith, além do visual, em suas composições?

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Hiroyuki: Gosto da imagem sombria e gótica do Cure, pop e fácil de entender, mas também efêmera.
Acho que a imagem da The Florist tem uma parte semelhante.
Robert Smith é como um ícone que os simboliza.
The Cure é uma banda que você ainda quer ouvir quando se lembra dela.

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07- Minha primeira audição do The Florist foi com a música "Middle of Winter" também, assistí o vídeo algumas vezes. Naquele momento senti que estava ouvindo uma legítima banda de shoegaze com guitarras distorcidas e muita melodia aliada a um look dos anos 80, com grande apelo para bandas da cena gótica inglesa. Fale um pouco sobre a produção do vídeo e essa música que ecoa na minha cabeça sempre que ouço.

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Hiroyuki: "Middle Of Winter" teve a forma de um protótipo em estúdio e, assim que cheguei em casa, pensei na melodia.
Lembro-me de pensar que uma melodia de música simples, mas boa, e uma melodia de guitarra legal dariam uma música linda, efêmera e maravilhosa.
Na verdade, eu não pretendia fazer um videoclipe porque não tinha orçamento.
Porém, o diretor que trabalhou no videoclipe da banda que eu tocava ouviu "Miiddle Of Winter" e me pediu para fazer um videoclipe porque eu não precisava de garantia.
É por isso que foi produzido em um tempo limitado com um orçamento baixo apenas para a taxa de estúdio de filmagem.
Acho que a situação foi boa e agradeço muito ao diretor.

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08- Cite apenas 3 discos que ficarão para sempre no seu acervo.

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Hiroyuki: Essa é uma pergunta difícil.
MEGA CITY FOUR "Magic Bullet"
JIMMY EAT WORLD "Clarity"
RIDE "Going Blank Again"

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09- Hiroyuki, vi um post seu no Twitter da música "Exile" da ex-adolescente pop Taylor Swift, então percebi que não sou só eu que fiquei surpreso com o novo álbum da cantora que tem bons momentos, até para quem não dê a mínima para os álbuns anteriores dela. Você acha que ela pode finalmente ser levada a sério? qual e sua opinião?

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Hiroyuki: Fiquei surpreso com o "Exile" de Taylor Swift.
Participar com Bon Iver foi inesperado.
No entanto, a atmosfera de todo o álbum era diferente, e acho que é um novo desafio maravilhoso para ela.
Presto homenagem à coragem de desafiar e ser pioneiro, não importa o quão famoso o artista seja.

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10- Vivi intensamente nos anos 90 e, aqui no Brasil sempre tivemos alguns projetos e bandas boas de Shoegaze / Dreampop / British Rock. Conte-me um pouco sobre a cena aí no Japão em 2020 e como o The Florist tem se mostrado ativo tocando e produzindo novos projetos.

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Hiroyuki: Não acho que tenha havido uma grande mudança na cena shoegazer japonesa nos dias de hoje.
Claro, eu tenho que respeitar a banda de shoegazer clássica e a cena, e criar uma nova química.
Hoje em dia, bandas que tocavam Emo e hardcore nos Estados Unidos estão incorporando sons shoegazer, e espero que o mesmo aconteça no Japão.
Acho que o novo álbum do The Florist vai lhe dar esse novo som e melodia.

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11- Acompanhei, na medida do possível, algumas bandas do Japão como PlasticZooms, Sugardrop, Luby Sparks, Collapse, Bloom Waves e muitas outras. Vocês têm contato, amizade e tocam juntos em festivais pela Ásia? Pelo menos antes de o mundo parar devido à pandemia de COVID-19, infelizmente.

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Hiroyuki: Interagimos com PlasticZooms, Sugardrop e Collapse. Quando COVID-19 convergir, gostaria de viver com

eles novamente.

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12- Você teve alguns shows pré-agendados nessa quarentena, como você está lidando com essa parada obrigatória? Você fez alguma coisa ao vivo pela mídia social?

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Hiroyuki: Alguns dos shows planejados foram adiados, mas não poderiam ser realizados mesmo que fossem adiados, então foram cancelados. Não acho que possamos realizar um show regular ao vivo até o final de 2020, mas talvez façamos apenas uma transmissão ao vivo.

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13- Eu ouço a rádio DKFM de Los Angeles diariamente e, já conheci algumas bandas japonesas através da rádio. Existem estações de rádio no Japão especializadas em Shoegaze / Dreampop?

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Hiroyuki: Não existe um programa de rádio especializado em Shoegaze / Dreampop no Japão. Em primeiro lugar, não acho que exista um programa de rádio no Japão especializado em um gênero musical específico.

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14- Com quem você gostaria de poder dividir o palco em um show e onde seria esse show?

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Hiroyuki: Esta também é uma pergunta difícil.
The Cure, Ride, Mew, Turnover, HUNDREDTH, Movements, Deafcult, Newmoon, etc.

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15- Você conhece o Brasil e / ou alguma banda / artista aqui?

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Hiroyuki: Não conheço artistas ou bandas brasileiras.

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16- Uma curiosidade pessoal, algum de vocês gosta de videogame? E qual é o jogo preferido de cada integrante da banda?

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Hiroyuki: Eu não jogo, mas o guitarrista parece ter jogado um jogo chamado "Age of Z Origins". Ele trabalha para uma empresa de jogos.

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17- Agradeço imensamente a oportunidade de ter esse contato virtual com você e, continuem fazendo música, afinal, o mundo sem música não é nada. Obrigado

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Hiroyuki: Sou eu quem deveria te agradecer.
COVID-19 colocou muitos obstáculos, mas a música não pode ser eliminada.
Fique ligado no novo álbum do The Florist.

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Entrevista e tradução: Jack Robert

Banda The Florist (Japão), setembro de 2020.

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